quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Arcadismo no Brasil

Pessoal da MCT1AM e MCT1AT,

Estou postando aqui os vídeos que vimos em aula.
Programa Entrelinhas - Parte I:
http://www.youtube.com/watch?v=L8LMkG7Rju4
Programa Entrelinhas - Parte II:
http://www.youtube.com/watch?v=4xu-abBSm3Y

Também deixo o link para o filme Os Inconfidentes, que comentei em aula:
http://www.youtube.com/watch?v=8bzRfasyJ4o


Bons estudos!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Literatura brasileira: Barroco


Barroco no Brasil

O movimento Barroco compreende um longo período que se estende de 1601, com a publicação do poema Prosopopeia, de Bento Teixeira, até meados do século XVIII (1768), com início do período que ficou conhecido com Arcadismo. O termo Barroco no Brasil compreende duas grandes manifestações: o Barroco Literário e Arquitetônico do século XVII, principalmente na Bahia, e o Barroco mineiro do século XVIII, conhecido como Barroco tardio, contemporâneo do Arcadismo.
As manifestações brasileiras desse período refletem a visão de mundo e a estrutura de um país-colônia, marcado pelo ciclo econômico açucareiro. As poucas atividades culturais concentravam-se em Salvador, Bahia e em Recife, Pernambuco. A produção barroca no Brasil foi muito influenciada pelo Barroco europeu. E você se lembra do que foi o Barroco? O Barroco, como já vimos, foi o movimento estético literário do conflito, dos impulsos contraditórios, do contraste entre claro/escuro, alma/corpo, céu/inferno, bom/mau. O Barroco foi arte do jogo de palavras e de ideias, que visavam surpreender o leitor não só através da construção cuidadosa do texto, marcado várias vezes por uma linguagem excessivamente rebuscada, mas também através de um alto poder de raciocínio lógico.
Produção literária: os dois principais autores do período são Padre António Vieira, que se dedicou a escrever sermões em que apresentava uma visão humanista que muitas vezes foi contra os interesses da própria igreja católica e, Gregório de Matos, autor mais relevante do período, com produção bastante diversificada quanto aos temas abordados.




Gregório de Matos

  

"Que falta nesta cidade? Verdade./ Que mais por sua desonra? Honra. Falta mais que se lhe ponha? Vergonha./O demo a viver se exponha/ Por mais que a fama a exalta/ Numa cidade onde falta/ Verdade, honra e vergonha." Assim Gregório de Matos abre um poema criticando a Bahia de seu tempo. A sátira política tornou-se uma das vertentes mais conhecidas de sua obra poética.
Gregório de Matos Guerra era o terceiro filho de um fidalgo português, estabelecido no Recôncavo baiano como senhor de engenho, e de uma brasileira. Ao contrário dos irmãos mais velhos que não se adequaram aos estudos e dedicaram a ajudar o pai na fazenda, Gregório recebeu instrução na infância e adolescência e foi enviado para a Universidade de Coimbra, onde bacharelou-se em direito.
Teria sido juiz do Cível, de Crime e de Órfãos em Lisboa durante muitos anos. Na Corte portuguesa, envolveu-se na vida literária que deixava o maneirismo camoniano e atingia o barroco, seguindo as influências espanholas de Gôngora e Quevedo. Por essa ocasião, teria também casado e tido acesso ao rei Pedro 2o, de quem ganhou simpatia e favores.
Sua sorte, porém, mudou bruscamente. Enviuvou e caiu em desgraça com o rei, segundo alguns biógrafos, por intriga de alguém ridicularizado em um de seus poemas satíricos. Acabou retornando à Bahia em 1681, a princípio trabalhando para o Arcebispo, como tesoureiro-mór, mas logo desligado de suas funções.
Casou-se, então, com Maria dos Povos, a quem dedicou um de seus sonetos mais famosos. Vendeu as terras que recebera de herança e, segundo consta, guardou o dinheiro num saco no canto da casa, gastando-o à vontade e sem fazer economia. Ao mesmo tempo, tratou de exercer a advocacia, escrevendo argumentações judiciais em versos.
A certa altura, resolveu abandonar tudo e saiu pelo Recôncavo como cantador itinerante, convivendo com o povo, frequentando as festas populares, banqueteando-se sempre que convidado. É nessa época que se avoluma sua obra satírica (inclusive erótico-obscena) que iria lhe valer o apelido de "Boca do Inferno". Mas foi a crítica política à corrupção e o arremedo aos fidalgos locais que resultaram em sua deportação para Angola.
De lá, só pôde retornar em 1695, com a condição de se estabelecer em Pernambuco e não na Bahia, além de evitar as sátiras. Segundo os estudiosos, nesses momentos finais de vida, tornou-se mais devoto e deu vazão à poesia religiosa, em que pede perdão a Deus por seus pecados. Morreu em data incerta no ano seguinte.
Vale lembrar que a fama de Gregório de Matos - um dos grandes poetas barrocos não só do Brasil, mas da língua portuguesa - é devida a uma obra efetivamente sólida, em que o autor soube manejar os cânones da época, seja de modo erudito em poemas líricos de cunho filosófico e religioso, seja na obra satírica de cunho popularesco. O virtuosismo estilístico de Gregório de Matos não encontra um rival a altura na poesia portuguesa do mesmo período.
 Fonte: Uol Educação

Características da literatura produzida por Gregório de Matos

Dualismo: Refletindo o dualismo barroco, oscilou entre o sagrado e o profano. Ora demonstrava aversão pelo sagrado, pelo religioso, escrevendo textos sensuais e pornográficos, ora seus poemas apresentavam uma profunda devoção a Deus e aos santos. 

Insatisfação: Vários textos mostram sua insatisfação com avida na colônia e sua inadaptação ao ambiente baiano, frequentemente criticado.

Fugacidade: Gregório de Matos deixou clara sua consciência sobre a transitoriedade da vida. Seus textos mostram frequentemente as vaidades humanas como insignificantes e passageiras.

Ousadia: Ao contrário do Padre Antônio Vieira que apresentava um caráter mais conservador, com uma visão europeia, Gregório de Matos é considerado um poeta inovador e irreverente. Mesmo adepto do cultismo, também cultivou o jogo de ideias presente no conceptismo.

Tarefas Individuais

1. Acesse os sites:



2. Leia alguns poemas de Gregório de Matos. Perceba que a obra do poeta tem pelo menos três aspectos: em alguns momentos é sacra/religiosa, em outros é amorosa e, com grande destaque, satírica/crítica.

3. Escreva uma pequena análise* de dois poemas de Gregório de Matos em que se possa identificar crítica social ou política.
* Análise: interpretação do poema; O que ele quer dizer?, O que ele critica?

4. Se Gregório de Matos vivesse nos tempos atuais, sobre o que ele escreveria? Que tipo de arte ele estaria fazendo? Com que outros artistas ele faria parcerias? Sejam criativos nas respostas a essas perguntas.

5. Assista a uma cena do filme Sociedade dos Poetas Mortos:

6. A cena exibe o momento em que o professor de Literatura de uma centenária e tradicional escola mostra fotos dos antigos alunos e faz um discurso sobre a vida. Responda: qual a relação entre a cena do filme e o conceito de fugacidade, um dos aspectos da poesia barroca?

Digite as respostas das perguntas 3, 4 e 6 em um arquivo de texto e envie-o para o e-mail profrodrigoif@gmail.com

Lembre-se de manter salvo o arquivo, pois ele será fonte de estudos para a prova do dia 06/12.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

MCT1AM / MCT1AT: Notas das provas

As notas das provas foram enviadas por e-mail!

Quem não tiver recebido pode me enviar um e-mail: profrodrigoif@gmail.com

quinta-feira, 26 de abril de 2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

MCT1AM / MCT1AT: Irmãos Grimm

No link abaixo, é possível acessar o arquivo que contém versões originais dos contos dos Irmãos Grimm para o trabalho sobre intertextualidade.

https://docs.google.com/open?id=0BxKdMv48h1P6ejZ2LXFDa1RnR1k

segunda-feira, 2 de abril de 2012

2012...

Olá, amigos!

O blog Literatura no IF segue suas atividades no ano de 2012. Nos próximos meses teremos novidades.

No momento, as turmas MCT1AM e MCT1AT estão lendo O vampiro que descobriu o Brasil, de Ivan Jaff, enquanto a MCT2AM tem a tarefa de ler A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e Lucíola, de José de Alencar, para o 1º Semestre.