quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Arcadismo no Brasil

Pessoal da MCT1AM e MCT1AT,

Estou postando aqui os vídeos que vimos em aula.
Programa Entrelinhas - Parte I:
http://www.youtube.com/watch?v=L8LMkG7Rju4
Programa Entrelinhas - Parte II:
http://www.youtube.com/watch?v=4xu-abBSm3Y

Também deixo o link para o filme Os Inconfidentes, que comentei em aula:
http://www.youtube.com/watch?v=8bzRfasyJ4o


Bons estudos!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Literatura brasileira: Barroco


Barroco no Brasil

O movimento Barroco compreende um longo período que se estende de 1601, com a publicação do poema Prosopopeia, de Bento Teixeira, até meados do século XVIII (1768), com início do período que ficou conhecido com Arcadismo. O termo Barroco no Brasil compreende duas grandes manifestações: o Barroco Literário e Arquitetônico do século XVII, principalmente na Bahia, e o Barroco mineiro do século XVIII, conhecido como Barroco tardio, contemporâneo do Arcadismo.
As manifestações brasileiras desse período refletem a visão de mundo e a estrutura de um país-colônia, marcado pelo ciclo econômico açucareiro. As poucas atividades culturais concentravam-se em Salvador, Bahia e em Recife, Pernambuco. A produção barroca no Brasil foi muito influenciada pelo Barroco europeu. E você se lembra do que foi o Barroco? O Barroco, como já vimos, foi o movimento estético literário do conflito, dos impulsos contraditórios, do contraste entre claro/escuro, alma/corpo, céu/inferno, bom/mau. O Barroco foi arte do jogo de palavras e de ideias, que visavam surpreender o leitor não só através da construção cuidadosa do texto, marcado várias vezes por uma linguagem excessivamente rebuscada, mas também através de um alto poder de raciocínio lógico.
Produção literária: os dois principais autores do período são Padre António Vieira, que se dedicou a escrever sermões em que apresentava uma visão humanista que muitas vezes foi contra os interesses da própria igreja católica e, Gregório de Matos, autor mais relevante do período, com produção bastante diversificada quanto aos temas abordados.




Gregório de Matos

  

"Que falta nesta cidade? Verdade./ Que mais por sua desonra? Honra. Falta mais que se lhe ponha? Vergonha./O demo a viver se exponha/ Por mais que a fama a exalta/ Numa cidade onde falta/ Verdade, honra e vergonha." Assim Gregório de Matos abre um poema criticando a Bahia de seu tempo. A sátira política tornou-se uma das vertentes mais conhecidas de sua obra poética.
Gregório de Matos Guerra era o terceiro filho de um fidalgo português, estabelecido no Recôncavo baiano como senhor de engenho, e de uma brasileira. Ao contrário dos irmãos mais velhos que não se adequaram aos estudos e dedicaram a ajudar o pai na fazenda, Gregório recebeu instrução na infância e adolescência e foi enviado para a Universidade de Coimbra, onde bacharelou-se em direito.
Teria sido juiz do Cível, de Crime e de Órfãos em Lisboa durante muitos anos. Na Corte portuguesa, envolveu-se na vida literária que deixava o maneirismo camoniano e atingia o barroco, seguindo as influências espanholas de Gôngora e Quevedo. Por essa ocasião, teria também casado e tido acesso ao rei Pedro 2o, de quem ganhou simpatia e favores.
Sua sorte, porém, mudou bruscamente. Enviuvou e caiu em desgraça com o rei, segundo alguns biógrafos, por intriga de alguém ridicularizado em um de seus poemas satíricos. Acabou retornando à Bahia em 1681, a princípio trabalhando para o Arcebispo, como tesoureiro-mór, mas logo desligado de suas funções.
Casou-se, então, com Maria dos Povos, a quem dedicou um de seus sonetos mais famosos. Vendeu as terras que recebera de herança e, segundo consta, guardou o dinheiro num saco no canto da casa, gastando-o à vontade e sem fazer economia. Ao mesmo tempo, tratou de exercer a advocacia, escrevendo argumentações judiciais em versos.
A certa altura, resolveu abandonar tudo e saiu pelo Recôncavo como cantador itinerante, convivendo com o povo, frequentando as festas populares, banqueteando-se sempre que convidado. É nessa época que se avoluma sua obra satírica (inclusive erótico-obscena) que iria lhe valer o apelido de "Boca do Inferno". Mas foi a crítica política à corrupção e o arremedo aos fidalgos locais que resultaram em sua deportação para Angola.
De lá, só pôde retornar em 1695, com a condição de se estabelecer em Pernambuco e não na Bahia, além de evitar as sátiras. Segundo os estudiosos, nesses momentos finais de vida, tornou-se mais devoto e deu vazão à poesia religiosa, em que pede perdão a Deus por seus pecados. Morreu em data incerta no ano seguinte.
Vale lembrar que a fama de Gregório de Matos - um dos grandes poetas barrocos não só do Brasil, mas da língua portuguesa - é devida a uma obra efetivamente sólida, em que o autor soube manejar os cânones da época, seja de modo erudito em poemas líricos de cunho filosófico e religioso, seja na obra satírica de cunho popularesco. O virtuosismo estilístico de Gregório de Matos não encontra um rival a altura na poesia portuguesa do mesmo período.
 Fonte: Uol Educação

Características da literatura produzida por Gregório de Matos

Dualismo: Refletindo o dualismo barroco, oscilou entre o sagrado e o profano. Ora demonstrava aversão pelo sagrado, pelo religioso, escrevendo textos sensuais e pornográficos, ora seus poemas apresentavam uma profunda devoção a Deus e aos santos. 

Insatisfação: Vários textos mostram sua insatisfação com avida na colônia e sua inadaptação ao ambiente baiano, frequentemente criticado.

Fugacidade: Gregório de Matos deixou clara sua consciência sobre a transitoriedade da vida. Seus textos mostram frequentemente as vaidades humanas como insignificantes e passageiras.

Ousadia: Ao contrário do Padre Antônio Vieira que apresentava um caráter mais conservador, com uma visão europeia, Gregório de Matos é considerado um poeta inovador e irreverente. Mesmo adepto do cultismo, também cultivou o jogo de ideias presente no conceptismo.

Tarefas Individuais

1. Acesse os sites:



2. Leia alguns poemas de Gregório de Matos. Perceba que a obra do poeta tem pelo menos três aspectos: em alguns momentos é sacra/religiosa, em outros é amorosa e, com grande destaque, satírica/crítica.

3. Escreva uma pequena análise* de dois poemas de Gregório de Matos em que se possa identificar crítica social ou política.
* Análise: interpretação do poema; O que ele quer dizer?, O que ele critica?

4. Se Gregório de Matos vivesse nos tempos atuais, sobre o que ele escreveria? Que tipo de arte ele estaria fazendo? Com que outros artistas ele faria parcerias? Sejam criativos nas respostas a essas perguntas.

5. Assista a uma cena do filme Sociedade dos Poetas Mortos:

6. A cena exibe o momento em que o professor de Literatura de uma centenária e tradicional escola mostra fotos dos antigos alunos e faz um discurso sobre a vida. Responda: qual a relação entre a cena do filme e o conceito de fugacidade, um dos aspectos da poesia barroca?

Digite as respostas das perguntas 3, 4 e 6 em um arquivo de texto e envie-o para o e-mail profrodrigoif@gmail.com

Lembre-se de manter salvo o arquivo, pois ele será fonte de estudos para a prova do dia 06/12.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

MCT1AM / MCT1AT: Notas das provas

As notas das provas foram enviadas por e-mail!

Quem não tiver recebido pode me enviar um e-mail: profrodrigoif@gmail.com

quinta-feira, 26 de abril de 2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

MCT1AM / MCT1AT: Irmãos Grimm

No link abaixo, é possível acessar o arquivo que contém versões originais dos contos dos Irmãos Grimm para o trabalho sobre intertextualidade.

https://docs.google.com/open?id=0BxKdMv48h1P6ejZ2LXFDa1RnR1k

segunda-feira, 2 de abril de 2012

2012...

Olá, amigos!

O blog Literatura no IF segue suas atividades no ano de 2012. Nos próximos meses teremos novidades.

No momento, as turmas MCT1AM e MCT1AT estão lendo O vampiro que descobriu o Brasil, de Ivan Jaff, enquanto a MCT2AM tem a tarefa de ler A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e Lucíola, de José de Alencar, para o 1º Semestre.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Não poderia passar em branco....

Olá pessoal, a turma MCT 2AT andou fazendo arte na sala de aula. Vejam que bela paródia as meninas fizeram da música "Televisão" dos Titãs.

A televisão
me deixou gordo.
Muito gordo demais.

Agora todas as coisas
que eu como parecem saborosas demais.

O sorvete me deixou viciado
pelo resto da vida.
E agora toda noite
na janta quero mais comida.

Que eu nunca li num livro
que o milho
fosse um vírus da gula.
Vê se me entende
pelo menos uma vez
Criatura!

A mãe diz pra eu fazer
alguma coisa
mas eu não faço nada.

A luz do sol me incomoda
então deixo
a cortina fechada.

É que a televisão
me deixou gordo
muito gordo demais.
E agora eu vivo
dentro dessa geladeira
junto dos doces e sais.

Que tudo que Ana Maria cozinhar
meu estômago captura.
Vê se me entende
pelo menos uma vez
Criatura!

Joice, Lia, Miriam e Paloma

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Lucas Silva Ennes - INF1AT

Desigualdade

Em qualquer lugar se pode ver desigualdade, no livro A revolução dos bichos, de George Orwell, também vemos desigualdade. E, nesta análise, faremos uma comparação da situação de todas as pessoas, com a situação dos bichos da fazenda. Observaremos que, sendo por desigualdade ou qualquer outro aspecto, existirá pelo menos uma semelhança deste livro com a nossa sociedade.

O livro começa com a ideia de um velho porco, Major, que aparenta humildade. As leis propostas por ele seriam, num futuro próximo, a base da sociedade animal. Após a revolução, Major já havia falecido, então outros porcos se disseram líderes dos outros animais da fazenda, por sua inteligência. Até aí tudo estava bem, porque os animais talvez ficassem perdidos e desorganizados, mas os porcos raramente trabalhavam e era difícil saber o trabalho que os outros animais da fazenda passavam. Comparando com a situação humana, é como se os porcos fossem políticos, donos de grandes empresas e a maioria das pessoas ricas. Independente do motivo delas serem tão ricas, enquanto outros animais são simplesmente trabalhadores esforçados que querem ser reconhecidos por seus feitos e, como trabalham mais arduamente que os ricos, desejam salários justos.

Mas só se vê a grande desigualdade a partir do início da construção do moinho de vento. A maioria dos animais trabalhava duro, enquanto os porcos ficavam no conforto da casa do Sr. Jones, provavelmente pensando qual seria a próxima mentira que contariam aos outros bichos. Os “trabalhadores comuns” arrastavam pedras gigantescas o dia inteiro em troca de menos comida do que na época de Jones, e os porcos descansavam em troca de uma barriga mais “cheinha”. Ou seja, no mundo real os ricos ficam mais ricos a cada minuto sem fazer absolutamente nada, e os não tão afortunados ficam menos afortunados a cada minuto contribuindo muito mais com a sociedade em uma semana do que a maioria dos políticos e ricos contribuiriam em três meses.

A situação piora quando os porcos começam a mudar os mandamentos para seu próprio benefício. Os mandamentos seriam as leis da vida real e mudar poderia ser mudar mesmo ou criar leis completamente inúteis. Um exemplo famoso é a lei dos drinks de frutas para os políticos: a desculpa dada foi “Nós políticos precisamos ficar saudáveis e hidratados”, mas podiam muito bem comprar as bebidas, quero dizer, não é para isso que ganham tanto dinheiro.

Agora citarei algumas das leis adulteradas pelos porcos.

# Quatro pernas bom, duas pernas melhor.

# Nenhum animal dormirá em cama, com lençóis.

# Nenhum animal beberá álcool, em excesso.

# Nenhum animal matará outro animal, sem motivo.

# Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

Todas essas leis foram modificadas pelos porcos por, pelo menos, um dos seguintes motivos:

# Para seu próprio benefício;

# Para manter o controle sobre os outros animais;

# Para serem superiores aos outros animais;

# Acabar com a guerra contra o inimigo declarado do povo (que seriam os outros animais da fazenda), para manter uma relação de comércio.

Concluo que este livro me fez pensar. E acho que todos os animais, mesmo que não sejam inteligentes como os mostrados no livro, têm certa semelhança com o ser humano. A única diferença é que os humanos usam dinheiro e os animais usam comida. A diferença de receber dinheiro e receber comida é que comida serve apenas para sobrevivência, enquanto o dinheiro também serve para entretenimento.


Cópia da reportagem:

Brasil tem 3º pior índice de desigualdade no mundo

O relatório do órgão da ONU destaca ainda que a maior dificuldade na América Latina é impedir que desigualdade social persista no decorrer de novas gerações

O Brasil tem o terceiro pior índice de desigualdade no mundo e, apesar do aumento dos gastos sociais nos últimos dez anos, apresenta uma baixa mobilidade social e educacional entre gerações. Os dados estão no primeiro relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre América Latina e Caribe.

Segundo o estudo, a região é a mais desigual do mundo.

— A desigualdade de rendimentos, educação, saúde e outros indicadores persiste de uma geração à outra, e se apresenta num contexto de baixa mobilidade socioeconômica — diz o estudo do órgão da ONU, concluído neste mês.

Entre os 15 países com maior diferença de renda entre ricos e pobres, dez estão na América Latina e Caribe. Na região, o Brasil empata com Equador e só perde para Bolívia e Haiti em relação à pior distribuição de renda.

Quando outros continentes são incluídos, a Bolívia ganha a companhia de Madagáscar e Camarões no primeiro lugar, e o Haiti tem ao seu lado, na segunda posição, Tailândia e àfrica do Sul. Para o PNUD, esses países apresentam índices "muito altos" de desigualdade.

Prejudicados

Os dados apontam ainda que as mulheres e as populações indígena e afrodescendente são as mais prejudicadas pela desigualdade social na região. No Brasil, por exemplo, apenas 5,1% dos descendentes de europeus vivem com menos de 1 US$ por dia. O porcentual sobe para 10,6% em relação a índios e afros. O PNUD lembra que os acessos à infraestrutura, saúde e educação poderiam alterar esse cenário. O relatório do órgão da ONU destaca ainda que a maior dificuldade na América Latina é impedir que desigualdade social persista no decorrer de novas gerações.

— A desigualdade reproduz desigualdade, tanto por razões econômicas, como de economia política — segundo um trecho do documento.

Esses números não são nada positivos para o Brasil. Cerca de 58% da população brasileira mantém o mesmo status social de pobreza entre duas gerações, enquanto no Canadá e nos países nórdicos, por exemplo, esse índice é de 19%. Escolaridade Segundo o estudo da ONU, é baixo também o crescimento do nível de escolaridade entre pai e filho. E esse resultado é influenciado pelo patamar educacional da geração anterior. No Brasil, essa influência chega a ser de 55%, enquanto nos EUA esse porcentual é de 21%.

O Brasil, nesse quesito, perde para países como Paraguai, Panamá, Uruguai e Jamaica. O estudo do PNUD destaca que acesso a bens e serviços públicos podem ajudar a aumentar essa mobilidade educacional. A evolução do gasto público social é destacada pelo órgão da ONU. Segundo o estudo, esse tipo de despesa gira em torno de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na região. Entre 2001 e 2007, o gasto por habitante aumentou 30%, de acordo com o relatório, sendo que a maior parte concentrou-se em segurança e assistência social.

— É possível afirmar que os países da América Latina e Caribe realizaram um importante esforço para melhorar a incidência do gasto social — diz a conclusão do estudo.

A revolução dos bichos

A revolução dos bichos.

O livro de George Owrell trás a história de um grupo de animais que vivem em uma granja denominada Granja Solar, cujo dono é o Sr. Jones.

Certo dia, um dos porcos da granja, Major, o mais velho entre os porcos tem a idéia durante um de seus sonhos onde há uma fazenda onde todos animais seriam iguais e auto suficientes.

Major morreu duas semanas mais tarde, o que potencializou a idéia de revolução. Algum tempo depois, a revolução aconteceu e os animais liderados pelo porco Bola-de-neve expulsaram Sr. Jones e sua família da granja.

Os animais reformularam a maneira de organização da fazenda, e trocaram o nome para Granja dos bichos, assim o lugar mudou e ficou muito melhor para os animais.

Mas havia outro porco que era conhecido como Napoleão que não comcordava com as idéias de Bola-de-neve, então bolou um jeito de expulsá-lo da granja e implantou uma ditadura, na qual os animais acabaram sendo mais explorados do que quando a fazenda era comandada por Sr.Jones.

Comparação

Após esse breve resumo dos assuntos tratados no livro os escolhidos para uma comparação foram o porco Napoleão e Kim Il-sung que foi ditador na coréia durante 46 anos de 1948 a 1994 quando faleceu.

Assim como Kim Il-sung o Porco Napoleão implanta uma ditadura onde não se aceita idéias contra o governo, onde o poder é centralizado nas mãos de apenas um que controla toda a sociedade e não aceita a opinião de outros.

Essa forma de comandar reprime opositores ao governo assim como na ditadura do porco Napoleão onde os que desrespeitam essas condições muitas vezes são punidos das seguintes formas: prendendo-os, torturando-os, executando-os ou enviando-os aos campos de trabalho forçado.

Assim como as idéias do porco Napoleão são baseadas na de Stalin as idéias do governo de Kim Il-sung também são consideradas baseadas nas de Stalin.

Conclusão

O livro tem uma história muito bem desenvolvida que faz com que o leitor se interesse pelo assunto e reflita de como é seu papel na sociedade, a partir de alguns personagens como o porco Napoleão, a história procura trazer idéias de Stalin a partir desse personagem.

Um personagem que muitas vezes é mau o que faz que o leitor não goste muito dele, quanto dos outros animais

Bibliografia

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/guerra-da-coreia/coreia-do-norte.php

Lucas Pedreira da Silveira Turma: Inf 1AT

1984 (George Orwell, 1948)

análise por Matheus Silveira Venturini
inf-2at

Análise de 1984

Há muito tempo, os modelos de governo Stalinista e Nazista eram muito conhecidos no mundo, o livro 1984 mostra uma crítica a esses modelos de governos ditatoriais, mas para mim, o livro se mostra mais aplicável ao nosso tempo atual, tempo o qual alguns filósofos chamam de “tempo do governo da mídia”, é simplesmente incrível como um livro escrito a mais de meio século consiga prever algumas coisas da nossa sociedade atual, mostrando a qualidade ímpar da obra.

A história começa com Winston, uma pessoa normal, em um mundo normal, onde todas as pessoas normais tinham os mesmos pensamentos normais, a única coisa que dividia um indivíduo do outro eram seus aspectos físicos, que vivia em um mundo repleto de monitores que aleatoriamente observavam as pessoas, em um dia de sua rotina trabalhando no ministério da verdade (onde se manipulavam notícias entre outras coisas conforme o desejo da Ingsoc, o partido), durante os dois minutos de ódio, momento no qual se mostrava as conquistas, de veracidade duvidosa, do partido, e se mostrava também “o traidor” Goldstein, que era repudiado por todos, durante as seções haviam aplausos e declarações de gratidão de amor ao “Grande Irmão” que era o herói da nação, cuja opinião era certa e soberana, e a Goldstein, sobrava o papel de “bode expiratório”, mas durante a seção algo estranho acontecera a Winston, ele não gritara pelo Grande irmão como antes, era como se uma fera interior tivesse que se manifestar, chegando em casa, ele pega um diário e uma pena, materiais clandestinos (na verdade nada dizia que eram clandestinos, mas ficava subentendido que não deveria se demonstrar opiniões, do contrário, quem o fazia “vaporizava”) e fora a um ponto cego de sua casa onde a teletela não o enxergaria e desabafara no diário:

“ABAIXO O GRANDE IRMÃO”

Após esse dia Winston começava a se policiar mais sobre o partido, reparava mais sobre o que ele censurava no ministério, como o fato do partido “aumentar” de 30g para 20g a quantidade semanal de ração de chocolate por pessoa, e o fazer de forma que as pessoas não percebessem a diminuição, também reparava o fato das crianças serem pequenos soldados caseiros do partido, que muitas vezes denunciavam seus pais, e o próprio Winston não consegue lembrar-se da sua infância devido à forte lavagem cerebral feita pelo partido, já que o mesmo tinha poder sobre o passado, o presente e o futuro, sendo o que o mesmo dizia sobre acontecimentos passados indiscutível. Winston já fora casado, casamento que se rompera pela fidelidade de sua esposa aos ideais do partido, que diziam que sexo só poderia ser feito somente pela procriação.

Winston, sabendo de todas as mentiras do partido começa a buscar focos do passado, porém não os acha,passa inclusive no proletariado, que seria a terra onde não se seguem as determinações do partido, pensando ser perseguido por Júlia, uma espiã da Policia do Pensamento (órgão que geria a liberdade de expressão), mas no fim das contas acaba recebendo uma disfarçada declaração de amor, depois de algum tempo de diálogos disfarçados de conversas sobre o trabalho no partido, eles conseguem ter um encontro conforme o tempo começam a morar juntos, são convidados a visitar a casa de um membro do partido que consegue um livro com a obra de Goldstein, mas um dia uma teletela colocada atrás de um quadro,os flagra, junto de seus ideais, e então são mandados para a tortura no temido ministério do amor, onde é torturado pelo mesmo membro do partido que lhe cedera o livro de Goldstein, sofre uma lavagem cerebral, e após isso vai ao quarto 101, o lugar da readaptação, onde é exposto ao seu maior medo: os ratos! Então ele renega seu amor por Júlia mandando que isso fosse feito com ela.

Após isso Winston é rebaixado, termina seus dias em um trabalho simples, e é absorvido pelo sistema, e ama o grande irmão como qualquer outro.

Minha opinião sobre o livro e suas relações com o nosso mundo atual

Muitos e muitos livros á foram criados, os quais retratam suas respectivas épocas, mas boa parte deles perde a contemporaneidade com o tempo, não expressando seu conteúdo como deveria, mas alguns fazem intersecção entre a época em que foram criados e tempos futuros, como 1984, que fora lançado em 1948 (sim, apenas foram invertidos os dois últimos números do ano de lançamento, para tentar mostrar que o livro previa um possível futuro), faz sátira com o regime fascista, e o regime nazista, no qual o grande irmão pode representar o líder político que lidera o país e é tratado como herói, mas, acho que há uma abordagem mais interessante do que essa, como já citei antes, esse livro é atemporal, e para mim ele se aplica aos tempos modernos tão bem quanto ao tempo em que ele foi criado.

Temos muitos elementos que se assemelham com coisas atuais que aparecem no livro, um bom exemplo é a mídia a serviço da política, onde há uma idolatria pelo político, onde ele sempre acaba ficando no poder, podemos citar Hugo Chaves, presidente da Bolívia, que deixou como canal aberto somente a emissora estatal, que evidentemente, apenas mostra o que há de bom no governo, e as vezes pode “criar” essas coisas boas.

Por falar na mídia o fato de não poder desligar a teletela, pode ser vista como a necessidade das pessoas de sempre estarem com a televisão ligada, e o fato de haver alguns programas “interativos” como a ginástica mostra o quanto a televisão domina as tendências da sociedade, podemos ter como exemplo a proliferação de smartfones e tablets na sociedade, afinal “é tão bonito, prático, e é a moda!”, para finalizar os comentários sobre a mídia, temos que citar também que a nossa televisão é muito mais eficiente que a teletela, pois ela não precisa supervisionar as pessoas, já que os que comandam a mídia sabem a forma correta de manipular as pessoas, as tendências ditas pela televisão nos são mandadas por algo que podemos chamar de “entretenimento”, temos inclusive, divertidas novelinhas que nos mostram os principais assuntos da sociedade de forma que seja conveniente para a mídia, e tudo da maneira mais divertida possível! Ah, que coisa maravilhosa!

Outro assunto extremamente interessante é a novilíngua, linguagem da sociedade descrita no livro que reduz o máximo possível as palavras, sendo excepcionalmente fácil de aprender, seriam as atuais eliminações de acento da língua portuguesa uma tentativa de criar uma novilíngua brasileira? Também podemos falar do fato do inglês americano ser a língua dominante no mundo, é uma língua extremamente fácil de aprender, as palavras são de fácil locução e não possuem os temidos acentos, para comparação, o francês chega a ter três acentos em uma única palavra! E ainda há alguns países que adaptaram palavras do inglês á sua língua nativa, um bom exemplo disso é o Japão, que foi obrigado a fazer isso na ocupação americana no final da segunda guerra, e chegamos ao ponto de professores de português famosos incentivar a simplificação da língua, falando inclusive na televisão: “o português certo é aquele que a maioria usa”, ou seja vamos todos falar um dialeto fácil de se dizer as coisas básicas do dia, porém assim não poderíamos demonstrar nossas idéias, acho que o nome disso seria massificação.

A massificação que eu digo é o ponto principal do livro, ninguém tem memória nem pensamentos próprios, simplesmente vivem o momento com o que lhes é dito, porém temos exceções, como o caso de Winston, pessoas que pensam por si próprias, porem, elas acabam sendo engolidas pelo sistema que repudia o individualismo, o proletariado poderia ser um exemplo de como uma sociedade vê pessoas com opiniões diferentes, como inferiores.

Finalizando, é um ótimo livro, especialmente para quem gosta de estudar ciências humanas.

Esse livro me deixou com uma dúvida ao seu final:

Há um “grande irmão” zelando por nós?

A Revolução dos Bichos (George Orwell) Holiday – Green Day

 Análise

   Neste trabalho, será feita a análise de um livro escrito por George Orwell, A Revolução dos Bichos. Nesse livro é contada a história de animais que moravam em uma granja chamada Granja do Solar. O dono era Jones, um homem alcóolatra que só se preocupava com os seus negócios, não dava a mínima para seus animais e os maltratava. Até que um dia um porco muito sábio teve um sonho de uma possível revolta dos animais, onde eles tomariam contam da granja e de tudo, uma revolução onde eles pudessem extinguir a raça humana.
    A revolução de fato acontece, mas não da maneira como o porco havia falado. Tudo começa fluindo muito bem até o momento em que os porcos, que na história se encontram no poder, começam a mudar suas atitudes e agir como humanos, voltando a maltratar os animais
    Falarei sobre como essas atitudes dos porcos são semelhantes a muitas coisas, tanto no nosso país, como em outros. Compararei o livro com uma música da banda Green Day, “Holiday” (feriado).
    Na música “Holiday,” podemos encontrar muitas semelhanças com o que acontece no livro a “A Revolução dos Bichos”. Na letra da música, os cantores tentam passar uma mensagem para a sociedade norte americana, e uma mensagem que, ao mesmo tempo, se encaixa perfeitamente para os animais da Granja dos Bichos.
             Algumas pessoas, ao analisarem a música, podem fazer várias interpretações. Farei agora uma análise sobre algumas partes que mais me chamaram a atenção na música.
   “Eu estou pedindo para sonhar e discordar das mentiras sujas”
  No caso, querem que os animais sonhem com uma vida melhor, acreditem nos seus sonhos e discordem das mentiras que os porcos, em especial Napoleão e Garganta, estão inventado para os animais da Granja.
               “Esse é o começo do final de nossas vidas”
              A partir do momento em que, Napoleão tomou o poder da Granja, foi o início do final da vida dos animais, todos começaram a sofrer e a trabalhar muito mais pelos ideais de Napoleão. Podemos citar, como exemplo, o caso de Sansão, que começou a trabalhar muito e, a partir do momento que não podia mais exercer seu trabalho, Napoleão encomendou sua morte.
   “Uma mordaça, uma sacola plástica num monumento”
               Os animais também não podiam nem se manifestar, se viam alguma coisa que não os agradava, lá ia Garganta influenciar a mente dos animais para que eles pensassem que aquilo de certa forma os beneficiava, e quem ainda não estivesse satisfeito era executado.
               “Essas são nossas vidas num feriado”
             Tanto lutaram e se esforçaram para chegar o momento em que descobriram que os porcos sempre estiveram mentindo, e os enganando. Agora simplesmente suas vidas estavam assim. Muitos que participaram no início da Granja dos Bichos, agora já estavam velhos de tanto trabalhar e não haviam conseguido nada para si. Os planos que tanto fizeram, de uma vida melhor, uma vida sem esforços e sem guerras, agora já não faziam mais sentido. Estavam velhos e logo morreriam.
   Este livro faz com que qualquer um reflita após lê-lo.
            Napoleão fazia muitas promessas até conseguir estar no comando da granja. A partir do momento que conseguiu isso, começou a fazer tudo do seu modo, sem se preocupar com o restante dos animais.
            Podemos refletir sobre muitos aspectos, um deles: pela maioria dos animais não serem alfabetizados, ou seja, não terem muito conhecimento, mudavam os sete mandamentos da Granja. Esse fato se assemelha muito com o que acontece na nossa sociedade hoje em dia, muitos candidatos são eleitos e muitas coisas são escondidas, pela maioria da população não ter estudo para compreender exatamente o que acontece.
            Outro fato é que a partir do momento que começou a faltar comida e houve “reajustes”, como dizia Garganta, os porcos não tiveram sua alimentação “reajustada”. Essa situação é muito semelhante à do governo. Se o país entra em uma crise financeira a população é prejudicada, mas o salário dos governadores, deputados, senadores e etc. continua o mesmo.
          Mas esperamos que aos poucos as pessoas comecem a enxergar isso e deixem de acreditar nas “mentiras sujas”.

            Referencias:

            Link do vídeo:

Fernanda Mattos 
Inf.1AT

Revolução dos Bichos

O livro “A revolução dos bichos” de George Orwell conta a história da granja do solar onde existiam muitos animais em várias formas e raças que depois de muito sofrerem iniciam uma revolução contra os humanos, para este trabalho eu escolhi utilizar as galinhas. Além delas poderiam ser utilizados de mesma forma, focando em trabalho escravo os dois cavalos Sansão e Quitéria. Mas resolvi utilizá-las neste trabalho.

Na obra de George Orwell temos vários animais de fazenda mas, por hora, focamos nas galinhas. As coitadas eram forçadas a trabalhar (pôr ovos) não só por Sr. Jones, mas também pelos porcos depois de expulso da fazenda . É certo, também, dizer que as escravizamos na vida real, pois assim como no livro só é dado a elas o suficiente para continuar a produzir.

Não só no livro, mas eu acredito que, infelizmente, ocorra a escravidão em muitos lugares no mundo. Por sorte, talvez algum dia não exista mais. Mais abaixo há trechos de uma reportagem que pode ser comparada com a situação das galinhas, já que as pessoas na reportagem ganham o suficiente apenas para se manterem vivas e produzindo mais em condições bem ruins.

Reportagem: Marca Zara está envolvida em denúncia de trabalho escravo.

Uma equipe de fiscalização do Ministério do Trabalho encontrou, no fim do mês de junho, uma casa na Zona Norte de São Paulo onde 16 pessoas, sendo 15 bolivianos, viviam e trabalhavam em condições de semiescravidão. Eles produziam peças para a uma empresa fornecedora da marca de roupas Zara, que faz parte do grupo espanhol Inditex. Os trabalhadores enfrentavam uma jornada de trabalho de mais de 16 horas por dia em uma casa, onde também viviam. A remuneração paga pela empresa a cada um dos funcionários não era condizente com o tempo de trabalho, e eles tampouco tinham carteira assinada. "Não havia salário fixo", afirmou a costureira Maria Susicleia Assis, diretora do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco. "Além disso, muitas vezes eles chegavam a trabalhar 20 horas por dia"...

... A rede não é a primeira a ser flagrada com a presença de trabalho irregular em sua cadeia. Em abril deste ano, uma oficina que prestava serviço para a Argonaut – uma das marcas de roupas da linha jovem da rede Pernambucanas – foi flagrada com bolivianos que trabalhavam mais de 60 horas semanais para receber 400 reais...

A denúncia - De acordo com a reportagem da Ong Repórter Brasil, a investigação da SRTE/SP – que culminou na inspeção do fim de junho – começou a partir de outra fiscalização, realizada em Americana (SP), em maio deste ano. Na ocasião, 52 trabalhadores foram encontrados em condições degradantes. Parte do grupo costurava calças da Zara...

...Para cada uma das blusas da Coleção Primavera-Verão da Zara – peça que estava sendo fabricada no momento da fiscalização –, o dono da oficina recebia sete reais. Os costureiros, dois reais. Ao visitarem uma loja da Zara no dia seguinte à operação, a repórter da Ong constatou que uma blusa semelhante era vendida por 139 reais...

Concluí que, não só no Brasil, mas em todo mundo existem pessoas em situações horríveis assim como os animais da Granja do Solar estavam após os porcos terem expulsado Bola-de-Neve de lá e terem fugido totalmente de seus verdadeiros objetivos, o que não ficou melhor para eles e sim pior do que quando quem comandava as coisas era Jones. Acho que esta revolução poderia ter dado certo se os porcos tivessem agido corretamente, sem se corromperem, a história lembra um pouco do governo atual na parte da corrupção alguns porcos poderiam ser comparados, com certeza a certos políticos brasileiros.

Link da reportagem:

http://veja.abril.com.br/noticia/economia/trabalho-escravo-encontrado-na-rede-da-zara