O romance 1984 de George Orwell (pseudônimo de Eric Arthur Blair) descreve a vida de um simples cidadão, Winston Smith, morador da Pista de Pouso No. 1 (antiga Inglaterra), governada por um regime totalitarista. Este governo, chamado de IngSoc (ou Socing, como foi traduzido), possui um “líder” conhecido como Big Brother (ou Grande Irmão, como foi traduzido).
O enredo se baseia na vida de Winston Smith, um simples cidadão que trabalha reescrevendo documentos históricos no Ministério da Verdade. No decorrer da trama ele começa a se rebelar contra o Partido. No processo, se apaixona por Julia, que também é contra o Partido.
Após a Guerra Fria, o mundo tinha se dividido em três grandes potências: a Oceania (que é governada pelo Partido), a Eurásia e a Lestásia. Estas grandes potências travavam guerras intermináveis pela posse de três territórios que ficavam paralelos entre os deles, estes territórios que viviam em disputa nunca eram completamente dominados.
Mapa mundi do futuro distópico de 1984
O Partido, mais conhecido como IngSoc (socialismo inglês), se formou logo no final da Guerra Fria, quando o capitalismo estava decaindo. O Partido governava de forma totalitarista, ou seja, uma classe social tinha todo o poder, enquanto que a população era totalmente subordinada a eles. O Parido era representado por um homem chamado Grande Irmão (Big Brother), na qual tinha o rosto estampado nas moedas e cédulas e em cartazes que traziam o dizer: “O Grande Irmão está te observando”. O Partido controlava a população pelo medo e pelo fanatismo, fazia com que temessem se rebelar pela morte eminente que sofreriam e faziam sentirem orgulho do Partido pela falsa proteção e pelas falsas vitórias que tinham.
O Partido havia criado uma folga no trabalho que se chamava dois minutos do ódio, nela todos os cidadãos não continham a raiva e xingavam histericamente um homem conhecido como Emmanuel Goldstein, que era tido como traidor pelo Partido. Esse traidor, o Goldstein, descrevia alguns de seus ideais e alertava a população sobre o perigo do governo do Partido. Logo após Golstein, a Teletela substituía a imagem dele pela do Grande Irmão, que falava coisas que confortavam os fanáticos pelo Partido.
O Parido manipulava toda a informação a ponto da realidade e da história ser distorcida, tanto para aumentar o fanatismo da população quanto para esconder qualquer vestígio de uma suposta rebelão contra eles. Eles também manipulava o passado, modificando de fato toda a história para poderem controlar as futuras gerações que não teriam vivido aqueles acontecimentos, inclusive o lema do Partido é: “Quem controla o passado controla o futuro. Quem controla o presente controla o passado”. Os cidadãos temem tanto o Partido a ponto de parecerem não lembrarem do passado, como por exemplo quando a ração de chocolate foi reduzida e ninguém questionou, mas quando foi aumentada todos comemoraram, ou quando a Oceania estava em guerra contra a Eurásia e subitamente o inimigo se tornava a Lestásia.
O Partido não visava apenas controlar a comunicação e as ações dos cidadãos, eles também queriam controlar o pensamento deles, utilizando propagandas desmoralizantes (como o cartaz com os dizeres: “O Grande Irmão está te observando”) e ensinando as crianças que qualquer pessoa, incluindo os seus próprios pais, pudessem ser criminosos do pensamento. Existia uma polícia especial que era designada a prender ou matar qualquer um que cometesse pensamento crime, essa polícia era conhecida como Polícia do Pensamento (thinkpol).
Qualquer ligação com o passado era apagada pelo Partido, para que as futuras gerações não tivessem como comparar o antigo governo com o governo do Partido, aceitando qualquer coisa que eles impusessem. A língua inglesa padrão (chamada de Velhafala) já estava começando a ser substituída pela Novafala, que basicamente era uma forma abreviada do inglês padrão. A Novafala foi criada com o intuito de restringir o pensamento, para que qualquer pensamento crime não pudesse ser feito.
A tecnologia estava avançando muito rapidamente e o acesso dela para a população também, e com isso a população estava ficando cada vez mais inteligente, e com o tempo eles tomariam consciência de que não necessitariam de governantes e acabariam com o governo. O Partido temia que isso acontecesse, então guerrilhava constantemente com a Eurásia e com a Lestásia, para assim estagnar as produções e manter a população sob domínio deles.
O Partido utilizava um televisor chamado de Teletela, diferente de um simples televisor, ele transmitia imagens para ambos os lados. Com a Teletela o Partido podia monitorar cada coisa que as pessoas faziam ou diziam, acabando de vez com a privacidade delas. A Teletela também transmitia notícias editadas pelo Partido, como por exemplo a redução da ração de chocolate e como novos territórios conquistados pela Oceania.
O lema do Partido era: “Guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força”. O que pode ser explicado como:
- Guerra é paz: A guerra continua que o partido travava com a Eurásia e/ou a Lestásia era tão natural que o único meio de se obter a paz que o Partido tanto queria era guerrilhando.
- Liberdade é escravidão: A úncia liberdade que os trabalhadores do Partido (assim como Winston) tinham era a escravidão, trabalhavam constantemente, e quase sempre, durante as suas folgas, tinham que frequentar grupos, como por exemplo a Liga Juvenil Anti-sexo.
- Ignorância é força: A população (por uma maioria a prole) começou a perder o acesso a tecnologia desde que o Partido entrou no governo, e isso manteve a ignorância
O Partido não temia uma rebelião, mesmo porque se rebelar contra o Partido seria o mesmo que a morte, e isso era o que o Partido tentava mostrar para a população. Se rebelar contra o Partido já era difícil, porque apenas uma pessoa se rebelando não tinha efeito, e essa pessoa não conseguiria reunir um grupo maior de rebeldes por causa dos ideais que o Partido ensinava para a população. Como foi dito anteriormente, o Partido ensinava as crianças os princípios do pensamento crime e fazia delas um meio de conter futuras rebeliões. O Partido também havia criado a Confraria, que nada mais era do que uma própria “rebelião organizada”, cujo intuito era atrair rebeldes que eram contra o Partido para assim poder conte-los. A guerra sem fim não podia destruir o Partido, mesmo porque o Partido tinha recursos e homens suficientes para manter a guerra pelo tempo que fosse necessário, e assim o Partido nunca poderia ser destruído pelo Goldstein.
CONCLUSÃO
George Orwell escreveu 1984 entre o fim da Segunda Guerra Mundial e o começo da Guerra Fria, ele descreve uma possível futura forma de governo totalitário baseado no governo comunista totalitário de Joseph Stalin e outros ditadores da época.
1984 foi visto por alguns como uma sátira ou um ataque direto aos ideais socialistas, sendo que o próprio autor declara que ele quis retratando um futuro distópico onde o totalitarismo havia dominado, para mostrar que se o totalitarismo não fosse combatido, poderia triunfar sobre quaisquer outra forma de governo.
Um grande diferencial de 1984 é o fato do autor não se focar no personagem para escrever a história, retratando a vida de um simples cidadão que acabou sendo morto pelos ideias contrários aos do Partido.
Enfim, 1984 é uma das maiores obras literárias do século, mesmo tendo sido escrito a muito tempo atrás ele continua bem contemporâneo. Coisas que eram apenas ficção científica naquela época, como por exemplo o governo podendo monitorar a população, hoje em dia são reais. O regime totalitário da Oceania podia ser apenas ficção quando o livro foi escrito, atualmente a Líbia acaba de se livrar do ditador Muammar al-Gaddafi, que governava de forma totalitária.
Quem sabe, se eu tiver de bom humor e se eu conseguir um bom fone e um bom software de gravação de vídeo que seja gratuito, farei um novo vídeo.
PS.: Por um motivo desconhecido, todo o texto ficou com as letras menores do que o normal.
PS.: Por um motivo desconhecido, todo o texto ficou com as letras menores do que o normal.
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