domingo, 30 de outubro de 2011

Trabalho de Português - Raquel Silva



Análise do Livro “A Revolução dos Bichos”

Sansão x Povo brasileiro


Neste trabalho será feita uma análise sobre um personagem ou uma situação do livro A Revolução dos Bichos.

O livro conta sobre os animais que conseguiram expulsar o proprietário da Granja Solar da fazenda onde viviam. Depois disso, passam a viver muito bem, mesmo sozinhos, até que um dia a forma de governo passa a se tornar uma ditadura.

Depois de fazer a análise, deve-se comparar este personagem ou situação com alguma personalidade ou acontecimento da vida real. O personagem escolhido foi o cavalo Sansão, que será comparado com o proletariado brasileiro, principalmente aqueles que são mal remunerados ou que são os chamados de “trabalhadores escravos”.

O cavalo Sansão tem uma personalidade fácil de ser reconhecida. Ele é trabalhador, quer defender seus amigos, a granja, faz de tudo para que todos se beneficiem com seu trabalho. Às vezes, isso pode estar errado, pois se esforça muito sem ganhar praticamente nada em troca, Sansão não vê problemas em trabalhar sem ser bem remunerado, pois está ganhando comida e um lugar para morar. Mas, na verdade, há problemas sim, pois ele trabalha mais do que realmente deveria e não vê os seus direitos como trabalhador.

O cavalo é um ótimo animal, sempre disposto a ajudar seus companheiros, raramente faz algo de errado, mas os porcos foram um pouco injustos com ele ao exigirem tanto trabalho sem nenhuma recompensa. Parece que não percebiam o quanto ele se esforçava para manter a Granja Solar de pé.

O mesmo acontece com os trabalhadores. Eles acabam se esforçando bem mais, ganhando bem menos do que outras pessoas e acham que está tudo bem assim, pois têm o suficiente para sobreviver. Não reclamam do emprego precário e de seus direitos violados. Alguns chegam a trabalhar para apenas ganhar alimento, e assim sua dignidade acaba não existindo, como a de Sansão.

Alguns trabalhadores de algumas regiões do Brasil passam a ser enganados. As empresas os oferecem empregos com boas condições, mas quando chegam lá, ficam presos nesta vida de escravidão, pois é o único jeito de se ganhar a vida. Eles não têm escolha.

Em uma reportagem da revista Veja, a diretora do Sindicato das Costureiras de São Paulo, fala sobre o acontecimento de serem descobertos trabalhadores escravos, que prestavam serviços a marca Zara.

"Não havia salário fixo", afirmou a costureira Maria Susicleia Assis, "Além disso, muitas vezes eles chegavam a trabalhar 20 horas por dia".


As empresas que fazem essas coisas os obrigam a trabalhar muito mais do que realmente deveriam e se alguma vez acontece algo com a empresa ou se os funcionários fazem alguma coisa errada, descontam de seus salários. Normalmente, esses trabalhadores não reclamam desta exploração, pois este é o único jeito de terem algo para sobreviver, não têm para onde recorrer.

O mesmo fato ocorre no livro. Os animais não ganhavam comida o suficiente e, se falassem algo que os porcos não gostavam, sua ração era cortada. Sansão trabalhava mais do que os outros e mesmo assim não reclamava. Para ele estava tudo bem. Era a única maneira de conseguir um pouco de comida e não existia outra fazenda para onde ir, ele não queria ser cuidado por humanos. Tinha que aceitar aquela vida.

Com a leitura do livro e a execução deste trabalho, concluiu-se que não só na ficção os animais são corruptos, desonestos ou injustos com os outros. Na vida real também é assim, o mundo é assim. Como foi mostrado no livro, alguns animais tiraram proveito dos outros para conseguir benefícios para si mesmo. No Brasil muitas vezes também é assim. Os políticos agem como Napoleão e os outros porcos, que fazem o povo trabalhar e quem leva o dinheiro e a recompensa são eles mesmos, não os trabalhadores, como Sansão.

Fontes para o trabalho






Nenhum comentário:

Postar um comentário